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Os desafios da Telemedicina para a cirurgia plástica

 

O estudo do Dr. Rodolfo Costa Lobato, com apoio da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da Regional São Paulo, aborda a “Telemedicina e cirurgia plástica durante a pandemia: como o cirurgião plástico brasileiro utilizou teleconsultas e teleaulas’, levantando dados relevantes sobre o tema. Realizada entre 15 de junho a 8 de julho, com participação de mais de 900 associados da SBCP, a pesquisa evidenciou que 43% dos cirurgiões plásticos brasileiros participantes do estudo iniciaram o uso da telemedicina. Além disso, relataram que a dificuldade para o exame físico foi o maior limitante das consultas, sendo a principal causa por optarem por não atender nessa modalidade.

 

Em relação ao ensino on-line, mais de 90% dos cirurgiões têm assistido às aulas à distância e pelo menos 70% pretende continuar nessa rotina. Na opinião dos entrevistados da pesquisa, as principais ações regulamentadoras do Conselho Federal de Medicina (CFM) precisam ser direcionadas para garantir privacidade e segurança ao paciente, regulamentando as consultas digitais de forma legal, principalmente a respeito das condutas necessárias e do sistema de cobranças. 

 

No Brasil, a Telemedicina é regulamentada desde 2002 pelo CFM, na Resolução n° 1.643. Em razão da pandemia, uma nova legislação ampliou esse uso: em 19 de março, o CFM encaminhou ofício ao Ministério da Saúde, no qual reconheceu a possibilidade e eticidade de utilizar a telemedicina enquanto durar a pandemia, para fins de teleorientação, telemonitoramento e teleinterconsulta. Um dia depois, o Ministério da Saúde publicou a Portaria n° 467/2020, regulamentando o exercício dessa modalidade, em caráter excepcional e temporário, contemplando o atendimento pré-clínico, suporte assistencial, consulta, monitoramento e diagnóstico. Os desafios ainda são muitos, mas estamos rumo a uma nova forma de pensar a cirurgia plástica. 

 

Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica