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Uma instituição cada vez mais sólida se faz com atualizações constantes. Isso se dá tanto pelo conhecimento científico quanto pelo quadro de associados. Não por acaso, hoje em torno de 60% dos associados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica são jovens. A participação desse público é valorizada e incentivada através de diferentes ações, que vão desde a criação do Núcleo de Jovens Cirurgiões a descontos em eventos oficiais e isenção em jornadas. A renovação científica ocorre a cada dia, e o objetivo da SBCP é ajudar cirurgiões plásticos, especialmente os mais jovens, a desenvolverem suas carreiras, dentro de um cenário em constante mudanças e atualizações.

A cirurgia plástica brasileira é mundialmente conhecida pela sua excelência. Possuímos escolas médicas que formam cirurgiões plásticos  de reconhecimento internacional. Somos o segundo país do mundo em número de cirurgias plásticas e isto se deve, também, ao perfil do povo brasileiro que cultua muito a estética e o corpo,  especialmente por sermos um pais tropical.

A segurança do paciente sempre foi uma bandeira defendida por nós como algo inegociável, tanto que o I FÓRUM MUNDIAL DE SEGURANÇA, INTERCORRÊNCIA E DEFESA DA CIRURGIA PLÁSTICA, congregando representantes de 71 países, em novembro/2016, aconteceu por ocasião do 53º Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica. Também editamos a Resolução CFM nº 1.711/2003, normatizando critérios de segurança para lipoaspiração, em conjunto com o Conselho Federal de Medicina (CFM), após amplo e aprofundado estudo científico. É, portanto,  com o intuito de preservar a imagem da cirurgia plástica brasileira e a segurança dos pacientes, que a SBCP – Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - se posiciona quando ao alerta sobre a técnica de lipoenxertia nominada “Brazilian Butt Lift” (BBL), entendendo ser inadequada a nomenclatura por perigosa banalização de uma cirurgia complexa. A  técnica do uso de enxerto de gordura na região glútea é consagrada e usada mundialmente na cirurgia plástica; porém, padrões de segurança de sérios estudos científicos recomendam, entre outros cuidados, volumes moderados de enxerto e a sua colocação no plano subcutâneo. Entendemos que a ligação direta deste procedimento à imagem da cirurgia plástica brasileira tem sentido figurado, já que a mulher brasileira tem a estética mundialmente conhecida pelas suas curvas, fruto a miscigenação; mas precisamos ter o cuidado de não fazer uma alusão alegórica a um procedimento cirúrgico com esta complexidade. É dever de todas as instituições e sociedades que norteiam a cirurgia plástica cuidarem da excelência nacional e internacional da nossa imagem, é este o compromisso maior da SBCP e, temos certeza, das entidades como a ASPS, ASAPS, ISAPS, IFATS E ISPRES que comungam da mesma opinião, principalmente no que tange à imprescindível questão da segurança dos nossos pacientes.

 

Niveo Steffen
Presidente da SCBP – Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica